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Rondônia está entre os três primeiros em número de apreensão de madeira
(Ibama) Dez mil caminhões. Essa seria a quantidade necessária de veículos para transportar os 203 mil metros cúbicos de madeira ilegal apreendidas no Brasil de janeiro até o último dia 31 de outubro. O Pará lidera o ranking de apreensões, seguido de Mato Grosso e Rondônia. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 70.655 m³ da madeira apreendida estava no Pará. Em seguida o maior índice de apreensões está no Mato Grosso com 30.573 m³ e depois Rondônia com 8.775 m³. Pará, Mato Grosso e Rondônia, aliás, apareceram em todos os relatórios mensais divulgados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) entre os quatro Estados que mais desmataram a Amazônia Legal em 2008. É a partir dos indicativos de desmatamento dos satélites do Deter que as equipes de fiscalização do Ibama vão à campo apurar as irregularidades. São raras as vezes que o desmatamento não é comprovado. "A ação do Ibama começa na origem do desmatamento, passa pelas serrarias e vai até o comércio, incluindo aí as rodovias por onde toda a madeira é transportada", garantiu o coordenador da fiscalização do Ibama, Roberto Cabral. A quantidade de madeira nos pátios das serrarias deve coincidir com os números que constam no sistema que gera o Documento de Origem Florestal (DOF) da madeira. Esse sistema interliga os órgãos estaduais de fiscalização e de meio-ambiente. Uma prática comum dos infratores é comprar créditos falsos de planos de manejo para justificar o excesso ou a falta de madeira nos pátios. Essa fraude é utilizada principalmente pelas serrarias que exportam. "A extração de madeira ilegal não dá retorno para o trabalhador que está derrubando a árvore", afirmou Cabral. "Para piorar, muitas serrarias são alvos de processos trabalhistas porque os funcionários trabalham sem os equipamentos de segurança necessários." Segundo o coordenador, os madeireiros vendem a idéia de progresso nos municípios aonde chegam e depois deixam um rastro de miséria. Já que a soja e o gado que ocupam a área desmatada para extração da madeira não absorvem a mão-de-obra. ...


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